Análise Preliminar do potencial energético da casca de mandioca para formação de Biochar

https://doi.org/10.55977/etsjournal.v01i01.e023003

Autores

  • Jade Zepelin Rodrigues Olmedo Faculdade de Engenharia e Ciências (FEC)
  • Thais Alessandra Da Silva Faculdade de Engenharia e Ciências (FEC)
  • Sabrina Alves Da Silva Faculdade de Engenharia e Ciências (FEC)
  • Cauã Silveira De Lima Faculdade de Engenharia e Ciências (FEC)
  • Nanci Keiko Matsumoto Faculdade de Engenharia e Ciências (FEC)
  • Carlos Toshiyuki Hiranobe Faculdade de Engenharia e Ciências (FEC)
  • Isabela Marques Queiroz Faculdade de Engenharia e Ciências (FEC)
  • Andrea Cressoni De Conti Faculdade de Engenharia e Ciências (FEC), Departamento de Engenharia - Campus de Rosana. Rosana, 19274-000, São Paulo, Brasil

Palavras-chave:

Biochar, Densificação Energética, Casca de Mandioca

Resumo

A definição de biochar é dada como sendo um resíduo biológico produzido a partir de uma pirólise com baixos níveis de oxigênio, o que resulta num material poroso e com baixa densidade de carbono (Beesley et al., 2011). Considerando que o Biochar é um biocarvão, composto por resíduos orgânicos (palha de cana-de-açúcar, mandiocas, e entre outros) e residuos animais sendo formado através da pirólise lenta (temperatura inferior a 500°) com baixos níveis e sem controle no oxigênio. A pesquisa em questão traz um reaproveitamento no agro com o intuito de reutilização dos resíduos como casca de mandioca para formação de biochar. Com este aspecto foi desenvolvida a pesquisa em torno de bibliografias e documentos, trazendo uma contextualização para o aprofundamento no assunto e iniciando as discussões como as análises da pirólise, análise química imediata, densidade a granel. O PCS do material in natural foi de 11,35 MJ/Kg. Com a pirólise a uma temperatura de  450°C,  com tempos diferentes como 6 horas, 4 horas, 2 horas, 1 horas, e 30 minutos determinando qual o tratamento é mais benéfico na produção do biochar. O tratamento T2,que equivale a uma torrefação de 4 horas, apresentou um teor de carbono fixo de 43,45%, rendimento energético de 43,04% e PCS de 10,90 Mj/kg. Enquanto o tratamento T5 apresentou rendimento energético de 63,50%, sendo o maior rendimento entre todos os tratamentos, teor de carbono fixo de 31,53% e PCS de 15,95 MJ/Kg. Dessa forma pode-se afirmar que o tratamento T5, foi o que apresentou melhor resultado energético, pois obteve um ganho de 34% no PCS, e também houve um aumento no rendimento energético.

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Publicado

2023-10-10

Como Citar

Zepelin Rodrigues Olmedo, J. ., Alessandra Da Silva, T. ., Alves Da Silva, S. ., Silveira De Lima, C. ., Keiko Matsumoto, N. ., Toshiyuki Hiranobe , C. ., Marques Queiroz, I. ., & Cressoni De Conti, A. (2023). Análise Preliminar do potencial energético da casca de mandioca para formação de Biochar. Engineering & Technology Scientific Journal, 1(1). https://doi.org/10.55977/etsjournal.v01i01.e023003

Edição

Seção

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